quarta-feira, 9 de março de 2011

Horror no IML de Curitiba

 
Cenas de horror e de descaso que nem mesmo o mais abusados filmes “trash” poderiam reproduzir, podem ser vistas naquele que deveria ser um dos órgãos de maior relevância da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), o Instituto Médico Legal (IML).
Depois de três anos de intervenção, em que a administração esteve a cargo de um coronel da reserva da Polícia Militar do Paraná, o que deveria resultar em uma melhora operacional e de atendimento do público, não passou de pinturas nas paredes, colocação de câmeras de segurança e uma lista interminável de proibições, como dar informações à imprensa e impedir a entrada de carros de veículos de comunicação e de funerárias no pátio.
Sucateado e vivendo um caos sem precedentes, além de prestar um péssimo serviço à população (inclusive com o extravio de cadáveres), as câmaras mortuárias do IML ainda representam um problema à saúde dos funcionários do órgão.
Mais de 120 cadáveres estão literalmente amontoados em duas geladeiras, cujo funcionamento está muito longe do ideal. Em uma delas estão os cadáveres mais recentes, identificados e com prazo para serem liberados.
Na outra, não identificados e os que estão aguardando liberação judicial. Parentes que chegam para fazer o reconhecimento de um corpo, muitas vezes esperam a remoção de dezenas deles, até que o correto seja encontrado.
Um constrangimento grande e uma tarefa que poucos tem estômago para aguentar. Segundo um funcionário do IML que não quis se identificar, há cadáveres que deram entrada em 2008, e apesar de estarem refrigerados, já estão em avançado estado de putrefação.

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