terça-feira, 1 de novembro de 2011

Artigo - Morte: medo ou esperança?

Na cultura moderna e ocidental, a morte é vista com mais medo do que com esperança cristã. Novembro é o mês dos mortos e é um tempo propício para tratar do tema da morte, à luz do Evangelho de Cristo. Para os ateus e materialistas, a morte é vista como o fim melancólico de tudo, e considerada como um desastre inevitável e incompreensível. Já os cristãos, orientados pelo Evangelho e pela feliz realidade da ressurreição de Jesus, corajosamente escrevem nos seus túmulos “Creio na Vida Eterna”. 
Como costumo contar histórias para evangelizar, vou relatar uma que aconteceu no cemitério da cidade de Hanover, na Alemanha. Lá existe um túmulo do qual tenho uma fotografia, no meu arquivo. Os filhos de uma família católica, mas não muito praticante, enterraram ali o corpo de sua mãe e tiveram a má idéia de escrever sobre a lápide: “Túmulo da Família Feider, que deve ser respeitado e nunca aberto por ninguém. Saudades de nossa mãe Edeltrudes. Os filhos.” 
Mas a história e a fé desrespeitaram esse pedido e a fotografia mostra o túmulo com uma grande rachadura e dividido em duas partes. Mas o que foi que aconteceu? Perto do túmulo havia uma árvore, um carvalho. Com o vento, uma semente caiu da árvore e ficou escondida entre o túmulo e a calçada. Com a umidade, a semente germinou, cresceu e no correr dos anos (quando a família já não mais visitava o túmulo), foi lentamente rachando as paredes e desrespeitou a proibição da família. 
Essa história faz pensar. A semente de carvalho representa a semente da fé, do nosso credo que guarda em si a mensagem da ressurreição dos mortos e da vida eterna. A semente diz que em nenhum cemitério do mundo os túmulos são lacrados para sempre, pois a cruz dos túmulos recorda que Jesus, crucificado, morto e ressuscitado, deixou, para todos a esperança de uma feliz ressurreição, quando disse: “Eu sou a ressurreição e a vida, aquele que acreditou em Mim, ainda que tenha morrido, viverá para sempre.” 
E volto à pergunta do título. Morte: medo ou esperança? Para os cristãos é a grande esperança fundada na Palavra de Jesus e na palavra do credo: creio na ressurreição dos mortos e na Vida Eterna. Amém. 

Dom Albano Cavallin é arcebispo emérito de Londrina.

Buarque quer federalizar ensino básico

A Frente Parlamentar da Educação recebeu o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que falou em uma palestra sobre a federalização do ensino básico, tema de um projeto de lei do senador. “Apresentei um projeto de lei ainda em 2006, que federaliza o ensino básico e cria um piso nacional de 9 mil reais por mês para os docentes que irão lecionar nessas escolas. Criaríamos concursos para esses docentes, seriam 100 mil professores que começariam em mais ou menos 20 municípios, em principio em cidades pequenas. Essas escolas teriam equipamentos de ponta para todas as salas de aula. Em 20 anos teríamos o ensino basco federalizado em todo país”, destacou o senador.
Na avaliação de Buarque, o ensino atualmente no Brasil não é de qualidade. “Nossas escolas ainda são ruins, o ensino é fraco. Precisamos melhorar a qualidade da nossa educação, começando pelo ensino básico e diminuir as desigualdades sociais que ainda existem. A riqueza de um país vem de um ensino de qualidade. Precisamos investir na educação básica para que tenhamos bons profissionais”, salientou.
O presidente da Frente Parlamentar, Alex Canziani, é solidário ao projeto do senador. “Foi uma bela palestra, é um projeto interessante, ousado. Com a federalização da educação básica faríamos concurso onde escolheríamos os melhores professores para verdadeiras escolas modelo”, disse o parlamentar paranaense.
A Frente Parlamentar da Educação realiza uma palestra por mês na Câmara dos Deputados, onde são discutidos os desafios da educação para os próximos anos. A palestra é transmitida ao vivo pela TV Câmara. 
Projeto cria 77 mil cargos em universidades - Depois de ter sido relator do projeto que cria o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, que foi sancionado semana passada pela presidente Dilma Rousseff, o deputado Alex Canziani (PTB-PR) terá agora outra missão: relatar o Projeto de Lei 2.134/11, que cria 77.178 cargos de professores, técnicos administrativos, de direção e de funções gratificadas para reforçar e ampliar a rede federal de ensino. Canziani já adiantou que as instituições realmente precisam de mais pessoal.
Mais cursos de Engenharia na UEL - A luta para ampliar o número de cursos de Engenharia na Universidade Estadual de Londrina pode vingar. O presidente da Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, deputado Alex Canziani (PTB), já adiantou o caso com o governo do Estado e parece que vai dar frutos. “Falei há pouco com o sec. Alípio [Alípio Leal, secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado]. Nossa conversa em Brasília sobre cursos de Engenharia em Londrina está indo muito bem”, disse Canziani em seu perfil no Twitter. E complementou: “Esse Alípio é craque”.