A ultima quarta-feira (11) foi de protestos e mobilizações de professores em todo o país. A CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) convocou uma paralisação nacional pelo cumprimento do piso do magistério.
O presidente da CNTE, Roberto Leão, que estava reunido com outros profissionais em Brasília aproveitaram para criticar a posição dos municípios , que dizem que falta recurso para aplicar a regra.
- Os prefeitos choram muito. Eu nunca vi nenhuma prefeitura ir à falência porque investiu muito em educação, porque construiu mais escola. Eu vejo problema com o desvio de verba do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), da merenda escolar, do transporte escolar.
A partir da decisão da Justiça, nenhum professor de escola pública pode receber menos do que R$ 1.187,14 por uma jornada semanal de 40 horas. Na época, os governadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceará entraram com ações contra a legislação. O STF (Superior Tribunal Federal) autorizou a lei em favor dos professores.
Em Assaí alguns professores foram às ruas em dois períodos para protestar. Pela manhã eles se reuniram no Centro do Múltiplo Uso da Memória e desceram a Avenida Rio de Janeiro sentido à prefeitura municipal. O ato se repetiu no período da tarde.
Segundo representantes da categoria, o ato busca mobilizar os professores em busca de melhores salários. “Não há envolvimento político em nosso manifesto, queremos apenas que o prefeito repasse aos professores o que de direito”, disse o professor Adenilson Wagner Felipe, o Turquinho.
Reunião – Pela manhã, a pedido da secretária de educação, Zenidia Aparecida Corrêa, o prefeito de Assaí se reunião com seis dos nove vereadores para discutir o assunto. Silvio Carlos Guadaguini, Léo Nilson Lopes, Antônio Menegildo Manoel, Paulo Hara, Paulo Cândido Monteiro e Waldenei Simões participaram do encontro. Chico Soares, Darlan Araújo e Hugo Duarte não foram ao encontro.
Durante a conversa, que contou com a presença da imprensa, Zenidia apresentou aos vereadores números que mostram um aumento real nos vencimentos dos professores nos últimos anos.
Ela destacou a aprovação em maio de 2010 do plano de cargos e carreira dos professores e que nenhum professor da rede municipal de Assaí, que atem carga horária de 40 horas, ganha menos do que o piso nacional.
O prefeito Tuti Bomtempo considerou legal a manifestação e lembrou que a cidade de Assaí cresce a cada dia na educação. “Temos as melhores escolas de região, os melhores equipamentos, carros e material didático de qualidade. Temos professores valiosos e vamos atendê-los dentro da possibilidade”.
O prefeito lembrou que é preciso esperar o concurso público e as contratações para ver qual impacto financeiro irá causar. “Após as contratações teremos como saber qual o reajuste oferecer, não só aos professores, mas a todos os servidores da nossa prefeitura. Só peço um pouco de paciência”, disse.
Ao final disse aos jornalistas que espera tranquilidade dos professores e não irá tolerar nenhum ato que venha a manchar a categoria. “Não vou tolerar nenhum ato de indisciplina e algazarra. Caso isso ocorra, é processo administrativo e se for o caso, demissão”, finalizou.