segunda-feira, 6 de junho de 2011

Mulheres ganham espaço na construção civil

Que o setor da construção civil vem apresentando crescimentos sólidos nos últimos anos, ninguém discute. Que Assaí acompanha esse crescimento, não há o que discutir também.
A alta pode ser justificada, entre outras coisas, pelo contínuo crescimento do financiamento imobiliário, o aumento da renda do brasileiro e os crescentes investimentos dos governos municipal, estadual e federal na cidade.
O bom desempenho do setor tem contribuído para o crescimento do PIB nacional, para queda na taxa de desemprego e por uma mudança de paradigmas: a contratação de mulheres pela indústria da construção civil.
Em Assaí, algumas empresas seguem a tendência nacional e estão abrindo as portas do setor para as mulheres. Na Belo Lar Construções, por exemplo, mulheres são presenças certas em obras importantes, como a nova unidade do SESI em Assaí.
Dos funcionários que trabalham na obra do SESI, apenas duas são mulheres. Mas esse número pode crescer. “Nós utilizamos a mão-de-obra feminina principalmente para fazer acabamentos, rejuntar e limpar. Elas são mais organizadas e caprichosas. Estamos gostando da experiência e já estamos em processo de contratação para mais cinco nos próximos dias”, disse Marcos Sutill.
A presença feminina também é destaque na construção da Super Creche de Assaí no Alto da Copasa.
Força não é tudo. Hebe Vieira de Souza, 22 anos, trabalha na obra há alguns meses. Trabalhou como empregada doméstica durante muitos anos e foi indicada por um dos representantes da empresa para entrar na construtora. “É uma grande oportunidade para as mulheres. Falta emprego em alguns setores. Além disso, meu salário melhorou. Mudou bastante minha vida. Meu marido trabalha é um dinheiro a mais”, disse.
Josiane Pires Neves, 23 anos, tem na construção civil a primeira oportunidade de trabalho. “Mudou muito pra mim. Tenho um filho e cuido dele sozinha. Meus pais reagiram normalmente, não pensei em estar aqui e agora está legal”, comentou.
Se elas gostam da ideia, apoio é o que não falta: eles também aprovam. Claudio Stela, trabalha com obra há mais 20 anos e defende o trabalho das colegas. “Confio bastante nelas. Sinto que são mais delicadas e cuidadosas. O trabalho pesado, deixa com a gente, os detalhes eu sei que elas fazem melhor. Sempre trabalhei só com homens, mas estou gostando da novidade”. Para alguns homens, “a mulher tem mais visão de qualidade, algumas valem mais do que muitos homens”.
Muitos homens defendem a presença delas nos canteiros. Além disso, as empresas precisam se adaptar criando vestiários e banheiros exclusivos no que podemos considerar de “um caminho sem volta”.




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